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OS ORIXÁS – POTÊNCIA DE DEUS

Itans, lendas, histórias, mitos. Como definir um Orixá?

Nossa proposta é trabalhar conceitos simples ao intelecto e da forma mais racional possível sem com isso colocar em xeque a espiritualidade. Devemos refletir os conceitos aqui descritos dentro da teologia utilizada pelo blog como pano de fundo.

Os Orixás são as diversas potências da energia vital suprema ou a potência de Deus, o Supremo Criador. Essas potências servem-se de vários canais de manifestação, assim dirigem e canalizam toda a ação natural e humana. Não há como definir um Orixá apenas como parte constitutiva de algo ou de alguém, nem tão pouco reduzi-lo à força motriz, ou ao lugar onde sua legenda ecoa. Ele é o conjunto dessas constituições. É pela colheita de uma planta, pela utilização de uma pedra ou ainda pelos fenômenos naturais, que a sensibilidade do homem consegue traduzir o poder do Orixá de punir ou de propiciar coisas boas. É através dele que o ser humano pode comunicar-se com outros planos de existência e desenvolver conhecimentos amplos e minuciosos sobre a natureza que o cerca, como as propriedades benéficas ou maléficas da flora.

O Ser Supremo confiou à eles a ordem de toda a Sua criação e, sob a lei divina, regem sua atitude frente ao homem, sabendo inclusive o que os homens podem lhes dar. É a legenda de um Orixá que move a fé do homem, da casa de culto ou de um povo. Para conhecermos a fundo a legenda de um Orixá, necessariamente, há de se conhecer a história da África sob dois prismas: do Ayê (terra) ou a história propriamente dita, e do Orum (espiritual) ou a teologia formada pelos mitos dos diversos povos e clãs africanos. Trataremos sobre a legenda de cada Orixá oportunamente, sempre de forma objetiva e com a finalidade de acrescentar conhecimento à nossa cultura religiosa, provocar reflexões e, sobretudo, contribuir para a nossa evolução espiritual. A principal finalidade dos Orixás é contribuir para a realização do ser humano na vida ou ainda para que, de fato, o homem seja a energia vital realizada na sua plenitude e assim, com a mútua colaboração Orixá – homem, resulta a felicidade do mundo. É de suma importância que o homem entenda que o conjunto dos Orixás produz o que é necessário para a felicidade no mundo, assim o tratado sempre assume o caráter objetivo em detrimento da subjetividade. Em resumo, a ação do Orixá visa sempre o bem coletivo. Quando nos colocamos frente a um Orixá devemos ter clara a nossa fragilidade e ignorância frente a força e a sapiência. Estamos diante das respostas dos acontecimentos, bem como das respectivas soluções, claro que mediante os parâmetros da lei divina.

Tudo o que é visível provem do invisível. Com esta afirmação, humildemente, conceituamos o Orixá para melhor entendermos, lembrando que Ele recebe o culto destinado ao Ser Supremo, com preces, ritos, sacrifícios, observações de tabus e a indução do transe. Seu culto deve basear-se sempre na assistência mútua entre os espíritos, guias espirituais e nós, os seres humanos.

Silnei Aparecido Farkas é teólogo formado pela Pontifícia Faculdade de Teologia NSA Assunção de São Paulo, médium na T.U.Pai Oxalá, Caboclo Lírio Branco e Pai Joaquim de Angola e cursa regularmente a formação sacerdotal ministrada na FUCESP.

FUCESP – Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo

2015

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